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sábado, 9 de julho de 2011

Expo Nutrition 2011


Galera, Dia 14,15 e 16 de Julho estará acontecendo no Rio de Janeiro a maior feira de nutrição esportiva do país.
A Master Nutrition estará presente para acompanhar e trazer todas as novidades para seus clientes e parceiros.

Para quem quiser conhecer segue o site: www.exponutrition.com
No site você encontra o link para cadastro caso queira conferir de perto.

Era isso por hoje.
Abraço e bons treinos.

quarta-feira, 15 de junho de 2011

ALONGAMENTO FAZ PERDER FORÇA???????

Mais uma vez alertamos o leitor para ter cuidado com as informações a que tem acesso, em especial da Mídia Leiga. Agora a última “controvérsia” é sobre o alongamento.... Será que vai chegar o dia em que todos esses “ratos de laboratório” vão calar a boca e ir treinar ??? Experimentar na própria pele aquilo que se prega é uma lei para todo profissional sério (ou você, por acaso,  se trata num dentista banguela?????) As pesquisas científicas são essenciais para a evolução de TUDO, mas quando “ a teoria na prática é outra” é porque a teoria está errada. E quando se trata de  seres humanos, atividade física, dietas e suplementação, os “ratos” vão sempre esbarrar na barreira da INDIVIDUALIDADE.....

Alem do fato do estudo desprezar estudos anteriores sólidos como a teoria do controle adaptativo, descrita inicialmente por Moritani em 1979, Burke em 1981 (quando este descreveu os três tipos de fibra nervosa responsável pela função do sistema locomotor), Häkkinen em 1985 (cuja linha de pesquisa mostrou sequencialmente que apos semanas de trabalho do força, a placa motora necessitava de uma ativação menor para que a mesma força submáxima fosse gerada). Isso somente para citar alguns autores que já buscavam este tipo de conhecimento, e nem chegamos nos mais recentes, como Fox em 1991, Sale em 1992, Noth em 1992 e mais recentemente os espanhóis Badillo e Gorostiaga, em 1997. Tanto trabalho para mostrar que apesar da ativação da placa motora ser menor (o que de fato é medido pela eletromioneurografia), a força submáxima gerada é a mesma, sinalizando uma economia de movimento/energia e não uma perda de força.

Sendo assim vale a pena ponderar que tal estudo único possa ser na realidade um erro de interpretação de método de avaliação, onde mais uma vez deixa-se de observar critérios clínicos de avaliação para simplesmente se valorizar um dado de exame, que não é exatamente um modelo de precisão e sensibilidade...

Vamos aos fatos:  UM estudo (vejam bem: UM...) da Universidade de Nevada (EUA) publicado no ‘Journal of Strength and Conditioning Research’  mostrou que alguns tipos de alogamento muito utilizados causaram perda de força nos ATLETAS  DE  ALTO  RENDIMENTO ( salto em altura e em distância) estudados.. . OK, agora vamos analisar os detalhes:

Primeiro o TIPO de exercício -  foram realizados alongamentos estáticos (aqueles em que você fica na posição “alongando” por mais de 20 ou 30 segundos).  Segundo, esses exercícios foram feitos ANTES do teste que mediu a força muscular nos membros inferiores dos atletas. Terceiro : foi usado um aparelho eletromiógrafo (que daqui a dez anos será uma SUCATA..) para medir essa força, ou a perda da mesma.... Foi o suficiente para que muitos jornais “entendidos” do mundo inteiro publicassem: “ Alongamento faz perder a Força”...

Precisamos de argumentos para descartar esse “UM” trabalho ‘científico’??? Fora o fato de que pessoas comuns não se comparam nem de longe com atletas de alta performance e suas reações aos exercícios??

Agora, cientificamente, vamos citar UM outro trabalho realizado na Brigham Young University – Hawaii, que seguiu um protocolo onde 15 diferentes tipos de alongamento estático foram feitos por praticantes REGULARES de exercício, durante três vezes por semana, num período de DEZ  semanas. Cada alongamento era realizado somente por quinze segundos (uma referência mais próxima ao que se faz nas academias..). Os pesquisadores testaram as pessoas ‘alongadas’ na Cadeira Extensora e na Mesa Flexora, e mediram quantas repetições elas conseguiam fazer com 60% da sua carga máxima (determinada anteriormente em uma outra avaliação).

O resultado??? Desta vez publicado no jornal ‘Medicine & Science in Sports & Exercise’ do Colégio Americano de Medicina Esportiva; provou que, após as dez semanas, as pessoas pesquisadas obtiveram melhora não só na flexibilidade, mas também na força e na resistência musculares, e o mais surpreendente: ninguém fez exercícios com pesos neste período!!! PORTANTO, esse outro UM estudo mostrou que fazer alongamento regularmente (SÓ alongamento.....) melhora a força e a resistência dos músculos..... E agora??

Simplesmente é preciso saber QUANTO e  QUANDO fazer os exercícios, de alongamento ou de força ... Já foi exaustivamente demonstrado que se o praticante “se cansar” muito fazendo alongamento para se “aquece r” ANTES do treino , segurando nas posições de extensão máxima  dos músculos por 20 ou 30 segundos, e consequentemente perdendo mais de dez ou quinze minutos fazendo isso,  o rendimento no treino principal vai diminuir... DESCOBRIRAM  A  AMÉRICA!!!!!!

Alguns bodybuilders experientes costumam alongar entre as séries de musculação, para aumentar o ‘estrago’ já feito pelo exercício realizado com grandes cargas e causar um ‘reparo’ maior durante o repouso (leia-se ANABOLISMO....), mas isso é um procedimento arriscado. O risco de distensão é grande , e por isso não deve ser realizado pelas pessoas comuns...

O mais sensato ao avaliarmos um estudo científico é saber que a ciência é montada de verdades transitórias e que o melhor parâmetro para avaliarmos uma verdade científica é a verificação prática, sempre respeitando o princípio da individualidade. Dessa forma devemos saber que quando falamos “sempre” e “nunca” estamos correndo um risco muito grande de cometer um erro simplesmente pelo fato de que o que devemos fazer não pode ser completamente aseado em estudos, porque estes não avaliam seu paciente atual, da mesma forma que não deve ser simplesmente baseado no ue achamos porque se não estamos prontos para continuar a aprender, de fato não estamos sendo peritos ou responsáveis.

É a questão de se avaliar o paciente/aluno e fazer para ele o que ele precisa no momento em vez de se apoiar somente na experiência própria ou na experiência alheia.... é a via do equilíbrio científico....

PORTANTO leitor , já nos “alongamos’ DEMAIS neste assunto.  Simplesmente não realize MUITO alongamento antes do treino (lembre-se : quando se trata de atividade física, aquilo que você faz primeiro, faz melhor!!!) e nem se alongue em situações hipertônicas (durante o treino ou imediatamente após, por exemplo), deixe para executar seus exercícios de alongamento antes de ir embora da academia. Treine, faça aeróbio e depois alongamento; ou treine, faça abdominais e depois alongamento, ou ainda, vá para a academia fazer só aeróbio e alongamento (argh!!!! gosto não se discute, enfim....). Lembre-se , também foi provado que os alongamentos realizados no período pós treino não só vão melhorar sua flexibilidade, mas também ajudar a diminuir as quantidades de hormônio catabólico (cortisol, principalmente) produzidas no pós exercício.  Prevenir lesões?? Isso é assunto para outra oportunidade.....

E para aquecimento, que fazer?? Que tal alongamento dinâmico?(procure um profissional para orientá-lo...) Ou que tal alongar um POUCO? Ou ainda simplesmente girar os braços e fazer 5 minutos de aeróbio, para uma melhor ativação neuro muscular e aumento do metabolismo, prepararando o organismo para o treino a seguir???Como diria o saudoso Frank Sinatra: “—It´s up to you, New York, New York!....” só que nós moramos no Brasil e ainda é preciso confiar no SEU sistema nervoso central e no método “tentativa e erro”, pelo menos até os ratos ( ou as frangas, como quiser...) deixarem os laboratórios e frequentarem mais as academias, clubes, parques, etc.... E mais cuidado com o que você  LÊ!!!!!!


Boa sorte e bons treinos!!!!



REFERÊNCIAS  BIBLIOGRÁFICAS   (prá quem gosta....)

J.Kokkonen et al.,“ Chronic static stretching improves exercise performance”, Medicine & Science in Sports & Exercise, 39 (10): 1,825-31, 2007
T. Yamaguchi et al., “ Acute effect of dynamic stretching exercise on power output during concentric dynamic constant external resistance leg extension,” Journal of Strength and Conditioning Research,21(4): 1,238-44, 2007



Fernando Marques - http://www.rodolforepres.com.br/

terça-feira, 7 de junho de 2011

Promoção Master Nutrition - Junho


Galera, a Master preparou uma baita promoção para todos os clientes.
A cada R$ 50,00 em compras você ganha um cupom para concorrer a um Kit composto por 1 Whey Protein 900g + 1 Maltodextrin + 1 Coqueteleira.
A promoção vale de hoje dia 07/06/11 até dia 29/06/11. O sorteio será feito na Loja dia 30/06/11 ás 15:30.
Aproveitem que estamos com varios produtos novos e com grandes ofertas na loja.

Compras para outros estados tambem estão concorrendo.
Aproveitem..
Abraço

quinta-feira, 2 de junho de 2011

A GRANDE IMPORTÂNCIA DA ALIMENTAÇÃO CORRETA PARA ALTA PERFOMACE



Fica aqui um artigo escrito por Rodolfo Peres, referência em nutrição esportiva. Ministrando palestras pelo Brasil inteiro. Acima um video só para ilustração


Engraçado... fico pensando nas pessoas que acreditam de fato que estão treinando...

Não vamos entrar no mérito do treinamento aqui, porque este é outro assunto que iremos nos aprofundar em outro momento, e claro, gostaria de saber das vossas opiniões...

Como eu e o Rodolfo* costumamos falar para nossos pacientes de forma bem clara: Você gasta 8 horas sentado no trabalho, 2 horas no transito, 8 horas dormindo e 1 hora assistindo novela porque é que você pensa que seu corpo tem de ser proporcional justo àquela 1 hora em que fica na academia? Por que ser proporcional à 1 hora de academia em vez de ser proporcional às 2 horas de transito? Estamos falando do dobro de volume em tempo.

O que mais determina o perfil corporal que você apresenta é a dieta, a ponto de eu acreditar que campeonato de fisiculturismo quem vence é quem tem a melhor dieta porque treino, este todos os atletas fazem no máximo dos limites do corpo.

Pensa: o exercício é disciplina e determinação de 1 a 2 horas por dia, a dieta são as 22 horas restantes... você pode passar 1 semana sem treinar seu peitoral, mas foge da dieta 1 semana... entenderam onde quero chegar?

Temos duas entidades diferentes: o exercício e a dieta. A combinação dos dois é capaz de mudar a sua aptidão física, desde que ambos estejam sincronizados. Portanto não existe melhor dieta, existe a dieta que é adequada ao tipo de treinamento que se faz, da mesma forma que o melhor planejamento de treino não é nada se não houver uma forma de se alimentar que te prepare para esta série em especial sob pena de você não conseguir completá-la ou trabalhar nas cargas que esta exige.

O exercício gera o estímulo. A dieta faz com que você seja capaz de realizar o trabalho proposto, se recuperar adequadamente dele e ganhar o perfil físico que programou.

Já que deixamos isso claro vamos para umas dicas rápidas de como aproveitar as principais janelas de oportunidades que o seu treinamento depende para ser bem sucedido:
 

1. Ao acordar: não existe não comer ao acordar. Ainda que você faça 20min de caminhada em jejum para ajudar o metabolismo jogar gordura fora, a refeição da manhã é importante porque pelo jejum noturno, a absorção no nosso aparelho digestório está aumentada. Portanto, é um ótimo horário para se fazer uma refeição de absorção rápida com o intuito de fazer uma recuperação rápida do jejum noturno, consumir proteínas que ajudem na sua imunomodulação, proteger o corpo contra o catabolismo protéico e preparar seu físico para a exigência do dia que virá.
2. Antes do treino: não confunda jejum gástrico com jejum metabólico. O fato de você fazer um lanche antes do treino e sentir seu estômago saciado não significa que a energia daquele alimento vai estar a disposição do seu trabalho físico na hora em que você precisar. É interessante termos duas refeições antes do horário da atividade física, de preferência pensando no tempo de absorção para garantir uma boa seção de exercícios. Uma saída interessante para esta situação é a utilização de suplementos alimentares.
3. Pós-treino imediato: essa refeição, logo após o término do treino e a refeição seguinte, entre 1 e 2 horas depois são fundamentais. Combinadas, acontecem no momento metabólico mais importante de quem treina para valer e respondem pela maior parte do sucesso. Foco nas refeições pós-treino. Nem  sempre é quando você tem a maior fome do dia, mas com certeza é quando a qualidade do que se ingere deve ser meticulosamente escolhida.
3. Ao dormir: ao dormir damos um impulso na síntese de proteínas e dar quantidade de proteína de alto valor biológico e absorção lenta, pouco carboidrato para não desequilibrarmos o balanço da insulina e gorduras boas para termos energia adequada ao nível de exigência física do momento.

Concluímos algumas coisas a partir destes dados:
1. quem não se alimenta em sincronia com o que se exercita fica cada vez mais longe do resultado esperado;
2. a dieta bem colocada permite que você tenha uma sessão de exercícios numa intensidade, volume e densidade satisfatórios;
3. uma refeição pós-treino adequada faz você se recuperar de uma forma que pode treinar em um período de descanso menor ou numa qualidade maior;
4. prolongar o jejum noturno por não fazer uma refeição matinal é trabalhar contra a melhora física;
5. a ultima refeição do dia deve privilegiar síntese protéica e equilíbrio insulinêmico, importantes para fazermos músculos e gastarmos gordura.

Nessa oportunidade ficamos por aqui. Se informe com seu personal trainer e procure um nutricionista especializado em exercício (se possível em bodybuilding) e atinja o sucesso que você deseja. É fácil, você só precisa de orientação. Esforço físico qualquer um faz, mas treinamento com aquisição de resultados é coisa séria.

*Rodolfo Peres – nutricionista especializado em atividade física de alto rendimento e bodybuilding
www.rodolfoperes.com.br

segunda-feira, 30 de maio de 2011

INGESTÃO DE PROTEÍNAS E SAÚDE RENAL


Segue um artigo de um dos maiores nutricionistas esportivos do Brasil. Rodolfo Peres:

Quando iniciei a prática da musculação, há mais de quinze anos, sempre ouvia praticantes mais experientes afirmarem que para aumentar a massa muscular era necessário ingerir proteína em maiores quantidades do que o habitual. Imediatamente passei a dar uma atenção maior para esses alimentos e adivinhem: tive bons resultados! Com a evolução do mercado de suplementação alimentar em nosso país, no início dos anos 90, suplementos protéicos, tal como a whey protein, passaram a ser acessíveis, fazendo companhia para os já conhecidos: aminoácido líquido, albumina e proteína de soja. Com a introdução desses produtos em minha alimentação (mesmo sem um adequado acompanhamento profissional) tive resultados ainda melhores, levando-me a acreditar que uma dieta rica em proteínas era o grande segredo para a hipertrofia muscular.

Como todo “bom adolescente”, passei a ingerir grandes quantidades de proteínas, crendo que quanto mais, melhor. No entanto, a partir de um ponto, a única coisa que aumentava de acordo com o acréscimo na ingestão protéica, era a gordura corporal e a formação de gases. Essa experiência me levou a pesquisar e estudar o assunto, o que não foi fácil, pois, na época, a internet apenas “engatinhava” no Brasil. Pela leitura de artigos, revistas e livros especializados, descobri que o processo não era tão simples assim, pois além da ingestão de proteínas, era necessária toda uma série de outros cuidados nutricionais. E pior, li em vários livros e revistas que a ingestão excessiva de proteínas provocaria diversos males à saúde, principalmente no que diz respeito à saúde renal.

Na mesma hora pensei: minha mãe estava certa quando dizia que aqueles potes enormes que eu comprava e escondia no armário faziam mal para a saúde!

Fiquei com uma grande confusão em minha mente! Pois atletas de bodybuilding há décadas mantinham uma ingestão de proteínas muito maior do que o recomendado e aparentemente estavam todos com a saúde em ordem, sem contar o grande resultado que obtinham com esta prática. Afinal, quem estava correto?

Decidi ir a uma nutricionista para elucidar minhas dúvidas (lembrando que naquela época poucos profissionais ousavam atuar nesta área) e ela garantiu que se eu continuasse ingerindo tanta proteína, meu fígado e meus rins não suportariam tal sobrecarga! Na mesma hora fiquei mais preocupado ainda, pois não somente os rins, mas também o fígado seria comprometido!

Passados todos esses anos, observamos uma evolução estrondosa no mercado da suplementação alimentar, com incontáveis produtos nas prateleiras, mas parece que as dúvidas continuam as mesmas. Se naquela época a preocupação era se albumina em excesso fazia mal, hoje a dúvida é se a ingestão das inúmeras opções de suplementos protéicos disponíveis no mercado sobrecarregaria fígado ou rins.

Até entendo que nosso país se encontra na vergonhosa 76º posição no ranking de educação básica e que a informação por aqui chega a passos de tartaruga, mas, pelo menos entre profissionais envolvidos com treinamento com pesos, existem mitos que já deveriam ter sido elucidados há muito tempo.

Analisando os estudos – sérios - disponíveis sobre ingestão protéica e saúde renal, observa-se que não existem dados consistentes que afirmem a relação entre uma ingestão elevada de proteínas e prejuízo na saúde renal de indivíduos saudáveis. O fato da restrição protéica ser uma das principais medidas no tratamento dietoterápico em pacientes acometidos de patologias renais, não pode ser estendido para pessoas saudáveis.

A relação entre uma elevada ingestão de proteínas e dano renal se deve além do fato dos rins eliminarem os produtos do metabolismo protéico (uréia e amônia), a questão do alto consumo protéico aumentar a taxa de filtração glomerular, proporcionando aumento da pressão dentro dos glomérulos nos rins. Mas sabe-se atualmente que essas alterações são adaptações fisiológicas normais do organismo humano, dentro de um limite da capacidade renal.

Em 1999, um estudo tendo como objetivo observar a existência de danos renais em indivíduos obesos com uma ingestão elevada de proteínas, Skov e colaboradores não encontraram indicações de efeitos adversos na função renal.

Em 2000, Poortmans e Dellalieux, em outro importante estudo, concluíram após investigar bodybuilders e outros atletas bem treinados ingerindo até 2,8 gramas de proteína por quilo de peso, que não existe correlação entre uma ingestão protéica elevada e dano renal.

Em 2003, Knight e colaboradores publicaram um clássico estudo que avaliou 1624 mulheres ingerindo uma dieta hiper-protéica e sua relação com a função renal. Nenhuma associação entre a ingestão hiper-protéica e decréscimo na função renal foi constatada. Por outro lado, mulheres que iniciaram o trabalho com um ameno decréscimo nas funções renais, apresentaram piora com o aumento na ingestão protéica.

Martin; Armstrong e Rodriguez (2005) relatam, após extenso trabalho de revisão bibliográfica, que apesar de dietas com restrição protéica serem apropriadas para tratamentos de desordens renais, não existem evidências significativas para afirmar que uma ingestão elevada de proteínas está relacionada diretamente com prejuízo para a saúde renal.

Em se tratando da relação entre ingestão protéica e cálculos renais, a literatura moderna relata que uma elevada ingestão de proteína animal auxiliaria negativamente apenas em indivíduos com cálculos já em formação, mas nenhuma desordem foi observada em indivíduos sem essa característica. Isto demonstra que é necessária uma pré-existente disfunção metabólica para que a ingestão elevada de proteína possa exercer algum efeito. 

Relaciona-se também a ingestão protéica com perda de massa óssea. No entanto, isto pode ser verdade para indivíduos susceptíveis, como por exemplo, mulheres sedentárias no período pós-menopausa, mas não para indivíduos fisicamente ativos, principalmente aqueles engajados em treinamento com pesos.

Vale ressaltar que esses estudos consideraram uma ingestão protéica até cerca de três gramas/kg, sendo que até o presente momento não existem estudos avaliando ingestões protéicas mais elevadas e seu impacto na saúde renal a curto, médio e longo prazo.

Após analisar esses estudos podemos concluir, portanto, que uma ingestão protéica um pouco acima das atuais recomendações para praticantes de musculação (aproximadamente dois gramas/kg) não está relacionada a complicações renais em indivíduos saudáveis. No entanto, antes de acrescentar mais medidas de whey protein em seu shake, devemos analisar se existe demanda para esta ingestão, pois uma ingestão desnecessária de proteínas pode inclusive proporcionar acúmulo de gordura corporal.

Existem pouquíssimas evidências de que uma ingestão protéica acima de dois gramas/kg promova o crescimento muscular, visto que o excesso seria convertido em glicose e usado como fonte energética.

Então por que bodybuilders de alto nível em algumas fases da periodização do treinamento ingerem ainda mais proteína?

Ocorre que esses atletas não utilizam tanta proteína apenas visando o crescimento muscular. Eles também visam otimizar a perda de gordura com essa estratégia. Com a ingestão controlada de carboidratos associada a uma ingestão protéica elevada, ocorre um processo em nosso organismo chamado gliconeogênese (conversão de proteína em glicose). Esse processo apresenta um alto custo metabólico, ou seja, se gasta mais calorias para metabolizar a proteína como fonte energética. Isto explica o porquê de muitos bodybuilders aumentarem a ingestão protéica enquanto reduzem a ingestão de carboidratos nas semanas que antecedem uma competição.

Lembrando que nas últimas semanas para uma competição, bodybuilders experientes utilizam diversas técnicas nutricionais, sendo que várias delas são pouco convencionais e não podem ser consideradas saudáveis. Desta forma, essas técnicas são reservadas apenas para as semanas anteriores a uma importante competição. Em qualquer esporte de alto nível é comum observarmos medidas que não são completamente saudáveis (perda abrupta de peso, excesso de treinamento, recuperação inadequada de lesões, etc), mas muitas vezes necessárias para a busca de um bom resultado. No entanto, estamos falando de atletas de alto nível experientes e com grande supervisão profissional, e não de pessoas comuns que buscam a nutrição e o exercício físico para manterem-se saudáveis e com uma estética apreciável.

Resumindo, uma alimentação rica em carboidratos e gorduras associada à inatividade física pode ser muito mais maléfica à saúde renal do que uma ingestão protéica um pouco acima do recomendado, visto que a obesidade, a hipertensão arterial e diabetes, são conhecidos fatores de risco para doença renal crônica. A ingestão protéica ideal irá depender de diversas características individuais e da fase de treinamento em que o indivíduo se encontra. Portanto, consulte sempre um nutricionista esportivo experiente.

Abraço a todos

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Brownie Proteico “Muscle Infusion Nutrex”


Ingredientes:

A) 1 1/5 xícara de purê de banana
B) 6 claras de ovo
C) 1 colher de Sopa canela e 2 maças cozidas e amaçadas (Se achar maça desidratada pode ser adicionado – esse é opcional)
D) 1 xícara de granola Kobber (Essa é a melhor granola...não use qualquer uma)
E) 1 1/5 xícara de farinha de trigo (bem melhor se for integral)
F) 2 dosadores de MUSCLE INFUSION NUTREX (Chocolate, Cookie ou Baunilha) Use o sabor de sua preferência.
G) ½ Xicara de açúcar (De preferência usar o açúcar mascavo)
H) 1 colher de chá de fermento em pó
I) 1 / 2 colher de chá de bicarbonato de sódio
J) 1 colher de café de sal
K) 1 Colher de margarina ou manteiga (Esse é opcionalpara ficar um pouco mais macio e úmido.

INSTRUÇÕES

1) Pre-aqueça o forno a 180 graus
2) junte as claras e bata ate ficar em neve
3) Peneire os ingredientes secos (Muscle Infusion, granola, farinha integral ou normal, açúcar ou açúcar mascavo, fermento, o bicarbonato, o sal)
4) Misture os ingredientes secos com a maçã / mistura a clara em neve ate ficar homogêneo.
5) Misture o purê de bananas.
6) Despeje a mistura em uma forma redonda (Aquela com um buraco no meio)
7 ) Colocar no forno por 45-50 minutos, ou até ficar pronto. Faça o teste com um palito de dente como so outros bolos. O palito tem que sair limpo

Abraço.


terça-feira, 24 de maio de 2011

Dicas de suplementação para Surf e Body Board



Encontre aqui as melhores dicas de suplementos e aprenda a melhorar seu rendimento físico no surfe e no body board.

Imagine-se flutuando em sua prancha, perfurando as ondas e direcionando-se para fora da costa, enquanto seus olhos se perdem no horizonte. Você vai precisar de bastante força e concentração para dar suas remadas e chegar até os melhores picos e esperar a onda perfeita.
Para conseguir pegar a onda e ficar em pé na prancha é necessário ter um bom equilíbrio e bastante força nas pernas. O surfe é um esporte muito prazeroso e consegue trabalhar todos os grupamentos musculares, além de desenvolver o equilíbrio e a coordenação motora.
Para ter um melhor rendimento físico é necessário ingerir os nutrientes necessários. Assim você poderá aumentar seu sistema imunológico, seus níveis de energia, sua potência muscular, sua concentração e reduzir gorduras de maneira saudável.
Por isso, preparamos uma lista com os suplementos mais indicados para os surfistas:

- Suplementação para auxiliar no surfe e body board:

Glutamina: É o aminoácido mais abundante no tecido muscular e é literalmente dilacerado dos músculos durante a prática de esportes como surfe. É importante para o surfista manter-se disposto para um longo período dentro d'água à procura das melhores ondas. O esporte pode causar perda muscular e uma baixa na função imunológica se praticado ao extremo, por isso a glutamina é considerada “condicionalmente essencial”.
Energéticos em gel: Tanto no surfe como em qualquer esporte é importante manter uma alimentação rica em carboidratos, pois eles são os combustíveis perfeitos para nosso corpo. Os carboidratos fornecerão energia para que o surfista possa ter um bom desempenho e aguente mais tempo dentro d'água. Às vezes não conseguimos a quantidade suficiente de carboidratos nos alimentos, por isso é importante recorrermos à suplementação. Nada mais prático para um surfista do que um energético em gel, pois estes são leves, de fácil transporte e podem ser levados para a areia e consumidos antes de entrar na água. Os energéticos em gel são de rápida e fácil digestão, são ideais para aquelas horas em que não há tempo para comer. São ideais para serem consumidos antes de entrar na água, pois fornecerão energia e não pesarão no estômago.
Whey protein: É a fonte ideal de proteínas para os surfistas. O whey protein (proteína do soro do leite) é rapidamente absorvido pelo organismo e é uma proteína completa, de altíssima qualidade, com altas concentrações de todos os aminoácidos essenciais. Além de ser importante como um reparador dos danos dos tecidos musculares, o whey é bastante eficiente na redução da gordura corporal. Ele fornece energia aos músculos trabalhados durante o surfe. Por ser de rápida absorção quando usado depois de pegar onda, o whey vai rapidamente para o músculo, sendo excelente para a recuperação muscular.
Sports drinks: O surfe requer uma alimentação rica em carboidratos para gerar energia para dar suas remadas e pegar suas ondas. Carboidratos e eletrólitos são os principais nutrientes que o corpo precisa para manter um alto padrão de energia e se manter firme em cima de sua prancha sem se cansar. Os sports drinks são uma importante fonte de carboidratos e eletrólitos. Perde-se bastante líquido enquanto se está surfando. O suor que evapora pela pele contém uma variedade de eletrólitos. Estes têm em sua composição alguns componentes, tais como sódio, potássio, cálcio, magnésio, cloro, bicarbonato, fosfato e sulfato. Os eletrólitos, em especial o sódio e o potássio, presentes em sports drinks são muito importantes com relação à reidratação.
Multivitamínicos: Esportistas precisam de mais vitaminas e minerais do que pessoas sedentárias. O corpo necessita de vitaminas e minerais para praticamente todos os movimentos básicos. Os multivitamínicos fornecem energia para os músculos trabalhados e auxiliam na recuperação muscular. Sem as vitaminas e minerais adequados, essas funções básicas do corpo não encontram espaço para agir.
Barras protéicas: São excelentes para substituir lanches e evitar o catabolismo (quebra de músculos). As barras protéicas fornecem proteína para o corpo e são bastante práticas, podendo ser ingeridas antes e depois de entrar no mar. Afinal, é importante fazer uma refeição de 3 em 3 horas. E justamente a hora de surfar pode ser a hora de fazer uma refeição. As barras de proteínas são saborosas e uma excelente fonte de proteínas, que são essenciais para o crescimento muscular. São muito práticas, por isso podem ser levadas para qualquer lugar.
Guaraná: Fornece energia para o corpo, mantendo excelente nível de performance dentro d’água. Além disso, mantém você ligado na partida por ajudar em uma boa atividade da adrenalina e fluxo sanguíneo. Isso ajuda a manter a concentração dos seus movimentos em cima da prancha.

- Benefícios do surfe e do body board:

  • É um excelente exercício cardiovascular
  • Trabalha todos os grupos musculares.
  • Desenvolve o equilíbrio e a coordenação motora.
  • É um esporte praticado em contato com a natureza.

- Riscos/cuidados do surfe e do body board:

  • Se praticado sem o devido alongamento e aquecimento da musculatura, o surfe pode provocar lesões nos ombros (por causa da remada), nos tornozelos e nos joelhos.
  • Saber nadar.
  • Usar protetor solar.
  • Conhecer as condições do mar antes de entrar.
  • Beber muita água antes e depois da prática do surfe.
  • Fazer refeições leves antes de entrar na água.
  • Como o surfe depende de tempo e oportunidade para ser praticado, o surfista deve manter outra atividade física, como a musculação ou a natação.

- Principais grupos musculares utilizados no surfe e no body board:

  • Costas.
  • Braços.
  • Pernas.

- Dicas para um melhor rendimento físico no surfe e no body board:

  • O treinamento de força, aliado a um treinamento de flexibilidade (alongamento), são os fatores mais importantes para a prática do surfe.
  • É importante trabalhar os membros superiores para que haja força nos braços e você tenha uma remada eficiente. Bem como malhar os membros inferiores para que haja bastante equilíbrio nas pernas na hora de pegar a onda.

-Referências bibliográficas:



1. The Science of Surfing Waves and Surfing Breaks, Scarfe, et al. (2003), Scripps Institution of Oceanography Technical Report.
2. Mathematics and bodysurfing , Neville de Mestre, Faculty of Information Technology, Bond University.
3. A numerical study of breaking waves in the surf zone , Pengzhi, L. et al., School of Civil and Environmental Engineering, Cornell University. Waves and Beaches, Bascombe, WR. Doubleday.
4. The Wetsand Wavecast Guide to Surf Forecasting: A Simple Approach to Planning the Perfect Sessions Cool, NT.
5. Ocean Surface Waves: Their Physics and Prediction Massel, SR
6. Waves of Transformation Crawford, C. Masters thesis. "Surfing, the Ultimate Pleasure". Lueras, Leonard. Honolulu: Emphasis International, 1984.
7. "The Search" Issues of Play, Identification, Agency, and Deviance in the Absence of Mainstream Sports: Towards a Discovery of the Social Meaning of the Sport of Surfing". Ehrlich, JN. Honors Thesis for the Undergraduate Research Program in the Department of Sociology at the University Of California, Irvine

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Dia do Desafio

Prezados

Neste ano o Dia do Desafio, 25 de maio. terá várias ações.
Em Torres será feito durante todo o dia uma grande blitz no comércio onde recreacionistas vão visitar as lojas para realizar atividades.
Todos podem participar do evento. Solicitamos que se sua empresa for participar favor entrar em contato com o SESC Torres (51 3626 9400) para o registro de participação.

Agradecemos a atenção

Sindilojas Torres e Região

sábado, 21 de maio de 2011

Aeróbio, queima de gordura e definição muscular!

Não se assute: aeróbios não são a única forma de se queimar gordura...

Estou escrevendo isso porque não aguento mais ouvir, "mas e o aeróbio?". "Daí não vou queimar gordura..."

Exercícios com pesos, em certas situações, queimam mais gordura no pós-treino do que aeróbio no trans-treino. o segredo é comer direito para que a gordura que está sendo queimada não seja reposta pela dieta ou por efeito stress...

Outra coisa: se quiser ser teimoso, só não seja bobo: o aeróbio para queima de gordura sem atrapalhar o ganho de massa muscularpara quem treina "musculação" é depois do treino, de 20 a 25min no máximo e de baixa intensidade. Há quem faça aeróbios em jejum, aliás, muito fisiculturista faz isso - mas sempre nessa perspectiva: baixa intensidade; curtos períodos de tempo e sem buscar performance no aeróbio.

Vale lembrar que uma coisa é treinarmos para ganho de aptidão física, outra coisa é treinarmos para ganho de perfil físico de baixo percentual de gordura: cada vez que colocamos um aeróbio de alta intensidade sem calcular direitto suplementaçao, dieta e treinamento fazemos com que o corpo "leia" outra mensagem, ou seja, desenvolva um outro tipo de fibra muscular (tipo I), ganhe outro tipo de alteração metabólica, bioquímica e anatômica...

Viu porque voce treina aeróbio, aeróbio e mais aeróbio e ainda está com aquela pança maldita? porque está fazendo besteira...

Fale com seu professor e seu nutricionista e se programe!

Abraço e sucesso (com saúde e sem teimosia ou paradigmas esdrúxulos...)

Por: Dr.Paulo Muzy http://superperformance.blogspot.com/

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Considerações sobre sua qualidade de vida.

Queria escrever isso porque vejo muitos absurdos hoje em dia.
Estamos no mundo do Fastfood, no mundo da correria do trabalho, faculdade, cursinho etc.No  mundo onde temos as vezes 20 minutos para almoçar e ficamos sem comer nada das 8h da manhã - almoçamos em 20 m- ficamos sem comer até as 18h ou mais. Pra que? ....Claro...para ter dinheiro para custear a a faculdade, a escola do filhos, pagar as contas da casa, carro, etc... Tudo certo, ótimos motivos e até mesmo nobres motivos.
O que acho absurdo é que as pessoas estão investindo dinheiro em muita coisa, menos na sua própria saúde e bem estar. Esquece a consulta que foi a 6 meses no médico, não é disso que estou falando.
Pessoas querem emagrecer ( sempre), porém não querem investir em uma consulta com um nutricionista ou endocrinologista especializado pois é muito caro. Querem ganhar massa muscular, porem não querem ir nos especialistas da mesma forma. Não pelo fato de ir.mas pelo custo. Certo , existe pessoas que não tem condições, sei disso....porém existe outras formas de informação hoje em dia, apesar de não ser a mais indicada. Mas o que me motivou a escrever isso foi:
Canso de ver pessoas reclamando que não conseguem fazer uma dieta pq não tem tempo, ou acham os suplementos muito caros, ou a alimentação saudável é muito cara..etc etc...
Ok. Concordo que a suplementação e alimentação mais correta seria um investimento de certa forma elevado para a maioria das pessoas...Mas essas pessoas gastam R$ 60,00, R$ 80,00 por semana pra dar banho em cachorro, Essas pessoas gastam R$ 200,00 reais ou até mais em uma noite, e fazem isso as vezes 2 dias por final de semana e 4 a 8 por mês.Gastam fortunas em carros mais caros, em camisas e vestidos, celulares.Gastam reais fortunas em sons e apetrechos para o carro. Comem um monte de porcaria na rua, para "enganar" o estômago, mas que na verdade estão enganando a si próprios.
Dae quando são orientadas a comprar comida e suplemento de qualidade, pagar a mensalidade da academia ( 50,00 aqui na cidade), consultar com um especialista nutricional ou personal trainner ficam abismados com os valores...Claro....pois tem outros valores para sua vida..
Não quero dizer aqui que essas pessoas não podem gastar o dinheiro onde quiser, mas sim para dar um pouco mais de valor para o seu bem maior..Seu Corpo. Se sua saúde não estiver em dia, não vai estar bem para desfrutar de todas essas coisas que gosta de investir seu dinheiro. Garanto que se dessem mais valor para uma alimentação de boa qualidade estaria muito melhor..se fizessem exercícios regularmente seriam até mais felizes...
Com certeza você não coloca qualquer gasolina no seu carro, não é? nem manda lavar na lavagem mais barata, porém de serviço duvidoso? nem compra o vestido mais barato para ir numa festa cara, certo?
Poerque então fazemos isso pra nós mesmos?

Pensem nisso galera.
Atividade física regularmente, boa alimentação é garantia de qualidade de vida. Cuidem de seu bem maior. Sua saúde e seu corpo.

Valeu...
Grande abraço